Muitas vezes as pessoas ficam confusas quando digo que gosto de
equilíbrio em tudo, menos no amor. Ao meu ponto de vista, o amor não
deve ter um padrão, nem limites e muito menos uma unidade de medida. O
amor é aquele tipo de coisa que por vezes na vida nos questionamos se
ele realmente existe. Mas então você vê sua tia, feliz da vida,
brincando com sua filhinha que ela sempre desejou ter. Vê o sorriso da
sua vô se abrir e ela se iluminar inteira quando você faz uma visita
surpresa numa quarta-feira de tarde. Você observa o jeito que sua mãe se
preocupa todos os dias com qual mistura ela vai fazer na janta e se mês
que vem teremos o que comer. E tem aquele abraço, de uma pessoa
específica, que você se dá conta de que estava esperando sem saber e ele
te enche dessa coisa sem igual, que a definição mais próxima é a
felicidade. E você sabe que isso, de alguma forma, é o tão bem falado
amor. Sei que existem inúmeras formas de amor e que nem uma delas devem
ser medidas e muito menos desmerecidas. E uma verdade sobre isso tudo é
que quando é amor, é recíproco e sem você ao menos perceber, você ama.
Se você sente obrigação em ser recíproco, então não é amor (pelo menos
não da sua parte). Porque o amor é livre. Livre de obrigações, de
rótulos, de lógica, de qualquer coisa que o defina. O amor está além da
nossa própria compreensão. A gente sabe que é amor mesmo, quando você
transborda e não se importa com o que sobra porque sabe que, enquanto
durar, não será finito.
—
Love above all else, Michelle Bernardo.